O Município de Itajaí, por meio da Secretaria de Saúde, amplia a vacinação contra coqueluche para trabalhadores que atuam em berçários e creches com atendimento de crianças de até 4 anos de idade. A partir de segunda-feira (24), estes profissionais devem buscar as unidades de saúde da cidade para se imunizar contra a doença. A medida segue uma recomendação em caráter excepcional do Ministério da Saúde com o objetivo de prevenir casos no país.
A vacina indicada é a dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate a difteria, o tétano e a coqueluche. Para se vacinar, os trabalhadores que atuam em berçários e creches devem se dirigir às salas de vacinas do município (clique aqui e consulte os horários de atendimento), independente do esquema vacinal anterior.
É necessário apresentar os seguintes documentos para receber a dose: documento de identificação com foto; caderneta de vacina; e declaração da unidade escolar em que atua com as seguintes informações: em papel timbrado da unidade escolar, nome completo, data de nascimento e assinatura do diretor(a) da unidade escolar (obrigatório). As declarações irão ficar retidas nas unidades de saúde.
Sobre a doença
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que possui alta transmissibilidade e está presente em todo o mundo. Sua principal característica são as crises de tosse seca, que atinge também a traquéia e os brônquios.
Os casos costumam ocorrer em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno, e apresentam sintomas em três fases. O nível 1 se assemelha ao resfriado: são comuns o mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Nas fases seguintes, outros sinais aparecem, tais como a tosse seca severa e descontrolada, que pode ocasionar complicações na respiração a ponto de provocar vômito ou cansaço extremo.
Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis e dez semanas, sendo que os bebês menores de 6 meses podem apresentar complicações graves pela doença e o quadro pode levar, inclusive, à morte. Danos incluem pneumonia, surdez, estrabismo, desidratação, convulsões, encefalopatia e coma.
O Ministério da Saúde alerta que um adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo. Por conta do risco de exposição, a imunização das crianças durante os primeiros meses de vida se faz tão importante. A imunização de gestantes e puérperas também é fundamental para reduzir a morbimortalidade de bebês menores de 02 meses, que não podem ser vacinados.