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Todas as unidades de saúde de Itajaí participam, até a próxima sexta-feira (27), da Semana de Combate à Sífilis. A campanha, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica e do Departamento de IST/AIDS/HV, vai priorizar o diagnóstico da doença em gestantes e seus parceiros, com aplicação de testes rápidos durante as consultas de pré-natal. Também serão oferecidos testes para a população em geral. A ação é alusiva ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e Sífilis Congênita, celebrado neste sábado (21).

A intenção da campanha é realizar o diagnóstico precoce da sífilis durante a gestação para que o tratamento seja feito em tempo oportuno, evitando a sífilis congênita – quando a doença é transmitida para o bebê. Durante a semana, as unidades vão contatar as gestantes de suas áreas para realizar os testes rápidos de diagnóstico. O objetivo é atingir também os parceiros dessas mulheres, que muitas vezes resistem em fazer o tratamento.

“Queremos conscientizar os pais que é importante acompanhar a parceira no pré-natal, fazer os exames corretamente e se comprometer com o tratamento para evitar a sífilis congênita. A sífilis é uma doença grave que pode causar aborto, má formação do bebê, cegueira, surdez, parto prematuro, alterações mentais, ósseas e cardiovasculares e até a morte da criança”, ressalta a gerente de IST/AIDS/HV, Jacqueline Koch.

Apesar da gravidade, a sífilis tem cura e o exame para detectar a doença é simples e oferecido gratuitamente na rede pública de saúde. Quando descoberta cedo, ainda nos primeiros meses da gestação, a sífilis pode ser tratada, impedindo a transmissão à criança. É fundamental que o parceiro também se previna, participe do pré-natal, faça o teste e, em caso de resultado positivo, inicie o tratamento recomendado pelos profissionais de saúde imediatamente e até o final. Só assim é possível evitar uma nova infecção e garantir a saúde do bebê. Após o tratamento, a gestante deve realizar ainda exames de controle durante o pré-natal.

Números da sífilis

Os números de sífilis têm crescido em todo país, em especial da sífilis congênita. Em 2015, foram diagnosticados 6,5 casos a cada mil nascidos vivos no Brasil. Em Itajaí, os dados também são considerados preocupantes pela Secretaria de Saúde: até o momento já foram registrados 18 casos de sífilis congênita e 60 gestantes foram diagnosticadas com a doença em 2017.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que, se não tratada corretamente, causa prejuízos sérios à saúde. Ela pode passar despercebida, parecendo que houve cura espontânea. Porém, futuramente pode se manifestar de forma mais grave. A melhor maneira de prevenir a doença é o uso da camisinha nas relações sexuais.

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